Conhecido como um drama jocoso, fruto da parceria profícua entre Wolfgang Amadeus Mozart e o libretista Lorenzo da Ponte, a ópera Don Giovanni retorna ao palco do Theatro Municipal de São Paulo no mês de maio. Com direção cênica de Hugo Possolo, conhecido por sua assinatura como mestre do picadeiro, e direção musical de Roberto Minczuk, maestro titular que fará a regência da Orquestra Sinfônica Municipal, e ainda participação do Coro Lírico Municipal, que terá regência de Hernán Sánchez Arteaga. A obra será apresentada em sete récitas, nos dias 02, 03, 04, 06, 07, 09 e 10 de maio. A classificação é não recomendada para menores de 12 anos, a duração do espetáculo é de aproximadamente 190 minutos (com intervalo), e os ingressos variam entre R$ 33 a R$ 210 (inteira).
Em Don Giovanni, o “libertino declarado que não oculta a sua imoralidade”, como definiu o filósofo Mladen Dolar, temos um protagonista que vive em uma saga de seduções frustradas e acertos de contas com o seu passado. Essa trama construída por da Ponte remonta a histórias anteriores de autores como Tirso de Molina, G. Bertati e Molière – este último responsável por Don Juan, ou Le Festin de Pierre, de 1665, cujo impacto estará mais presente na nova montagem.
Nos dias 02, 04, 07 e 10, o elenco será composto por Hernán Iturralde (Don Giovanni), Camila Provenzale (Donna Anna), Anibal Mancini (Don Ottavio), Luisa Francesconi (Donna Elvira), Michel de Souza (Leporello), Carla Cottini (Zerlina), Savio Sperandio (Comendador) e Fellipe Oliveira (Masetto). Já nos dias 03, 06 e 09, os solistas serão Homero Velho (Don Giovanni), Ludmilla Bauerfeldt (Donna Anna), Jabez Lima (Don Ottavio), Monique Galvão (Donna Elvira), Saulo Javan (Leporello), Raquel Paulin (Zerlina), Sérgio Righini (Comendador) e Rogério Nunes (Masetto).
Em seguida, no dia 08/05, o Quarteto de Cordas da Cidade apresenta o concerto Quarteto Toca Caíto Marcondes. O grupo formado por Betina Stegmann e Nelson Rios, violinos, Marcelo Jaffé, viola, e Rafael Cesario, violoncelo, terá o percussionista, compositor e arranjador Caíto Marcondes como convidado. No repertório, composições de Marcondes especialmente criadas para o Quarteto da Cidade. A apresentação será na Sala do Conservatório, com duração aproximada de 60 minutos e ingressos a R$ 35 (inteira).
Caíto Marcondes, carioca radicado em São Paulo, transita entre a música clássica e a popular como percussionista, compositor e arranjador. Estudou com Hans-Joachim Koellreutter e Mário Ficarelli, colaborando com nomes como Hermeto Pascoal, Milton Nascimento e Monica Salmaso. Foi solista de suas próprias obras ao lado do violinista Tracy Silverman, e compôs para balé, teatro e cinema. Seu álbum solo Porta do Templo (1995) teve grande repercussão, sendo relançado na Alemanha e indicado ao World Music Charts Europe. Com sólida trajetória internacional, desenvolveu arranjos para a Orquestra Jazz Sinfônica e projetos inovadores.
Um dos concertos mais aguardados da temporada terá a sua estreia em maio. O Coral Paulistano e a Orquestra Sinfônica Municipal, sob a regência de Maíra Ferreira, direção de Otávio Juliano e participação especial de João Ricardo, apresentam Tributo a Secos e Molhados. O concerto será apresentado na sexta-feira, dia 16, às 20h, e no sábado, 17, às 17h na Sala de Espetáculos. Os ingressos variam de R$ 11 a R$ 70 (inteira).
Em 1970, o cantor e compositor João Ricardo estava em Ubatuba e se deparou com um armazém cuja placa indicava “secos e molhados”. No ano seguinte, formou a banda ao lado de Ney Matogrosso e Gérson Conrad e, em 23 de maio de 1973, entrou em estúdio para gravar o seu primeiro disco: Secos e Molhados. Neste concerto, o Coral Paulistano apresenta as canções do Secos e Molhados, como Sangue Latino, Rosa de Hiroshima, Fala e O Vira, dentre outras.
No dia 18, domingo, às 11h, a Orquestra Experimental de Repertório, sob a regência de Leonardo Labrada e com o Grupo Martelo na percussão, apresenta o concerto Ouvir as Cores: 100 anos de Física Quântica. Esse concerto foi pensado como um cruzamento sinestésico, em três cenas de propostas estéticas distintas, todos conectados pela ideia das cores do som: um tríptico. O ano de 2025 foi eleito pela UNESCO como o Ano Internacional da Ciência e Tecnologia Quântica, uma celebração a esse ramo do conhecimento que revolucionou nossas vidas. O programa apresenta Crase, de Flo Menezes, Raízes, de Clarice Assad, e Also Sprach Zarathustra, Op. 30, de Richard Strauss. O concerto acontece na Sala de Espetáculos e tem classificação livre para todos os públicos. A duração aproximada é de 80 minutos, incluindo um intervalo. Os ingressos variam de R$ 11 a R$ 35 (inteira).
Já o concerto Quarteto Toca Proveta será apresentado na quinta-feira, 22/05, às 20h. O programa ainda será anunciado. A apresentação será realizada na Sala do Conservatório da Praça das Artes. Com classificação livre para todos os públicos e duração prevista de 60 minutos. Os ingressos custam R$ 35 (inteira).
Por fim, após uma temporada de grande sucesso com Réquiem SP, o Balé da Cidade de São Paulo apresenta novas criações de Rafaela Sahyoun e Michelle Moura. As apresentações desta segunda temporada serão realizadas nos dias 23/05, sexta-feira, às 20h; 24 e 25/05, sábado e domingo, às 17h; 28/05, quarta-feira, às 20h; 31/05 e 01/06, sábado e domingo, às 17h. Os ingressos variam de R$ 11 a R$ 92 (inteira).
Abrindo o espetáculo, a nova coreografia de Rafaela Sahyoun, que recentemente apresentou Fôlego no Theatro Municipal, explorará um campo relacional sustentado nas potencialidades emergentes das relações estabelecidas entre os corpos com e no espaço. A coreografia busca explorar como os sentidos operam de forma constante, transformando questões abstratas em experiências sensoriais tangíveis.
Na segunda metade, a estreia de uma nova obra de Michelle Moura. As criações de Michelle são construídas a partir da manipulação de expressividades e intensidades, com um acúmulo visceral-minimalista de gestos, sons e significados. A proposta é produzir fantasmagorias psicofísicas que revelam aspectos energéticos e emocionais do corpo, enquanto se buscam fricções/ficções entre as categorias de “natural” e “artificial”.
Texto enviado pelo TMSP.
Foto: Larissa Paz.