​OSB apresenta “Série Músicos da OSB” na Sala Cecília Meireles

No dia 13 de abril, às 11h, a Orquestra Sinfônica Brasileira apresenta, no concerto da Série Músicos da OSB, duas joias camerísticas, escritas por compositores em momentos contrastantes de suas jornadas musicais. Na primeira metade do programa está o Quinteto para Cordas de Antonín Dvořák, concebido por um jovem artista ainda em busca de reconhecimento, mas que logo se firmaria como uma das grandes vozes da música tcheca; na segunda parte, o Octeto para Cordas de Max Bruch, escrito quase cinco décadas depois, nos anos finais da maturidade artística do compositor alemão. Neste diálogo entre diferentes épocas e sensibilidades, a energia criativa de um talento emergente e a refinada expressão de um mestre consagrado convergem no palco da Sala Cecília Meireles, lançando luz sobre a riqueza e a versatilidade da tradição romântica.

O ano de 1875 marcou um ponto decisivo na trajetória de Antonín Dvořák. Aos 34 anos e ainda em situação financeira instável, o compositor tcheco recebeu, pela primeira vez, uma bolsa de estudos que lhe permitiu dedicar-se exclusivamente à composição. Esse apoio não apenas resultou em um período excepcionalmente produtivo, mas também contribuiu para o amadurecimento estilístico que, mais tarde, o consagraria como uma das vozes mais autênticas da música nacional. É desse ano que data o Quinteto para Cordas em Sol Maior, Op. 77, escrito para a formação de um quarteto de cordas acrescido de um contrabaixo. A obra estabelece um entrelaçamento singular entre formas clássicas tradicionais e elementos da música folclórica boêmia.

Hoje lembrado por menos de uma dúzia de obras, Max Bruch (1838-1920) foi amplamente reconhecido em vida, autor de óperas, concertos, música sacra e obras para coral, além de canções e obras para piano. A produção de câmara do alemão concentrou-se sobretudo na juventude, mas em 1918, aos 80 anos, ele decidiu voltar ao gênero que praticara anos antes. O Octeto para Cordas em Si bemol Maior, que encerrará este programa, integra essa leva final de obras camerísticas, e foi a última obra de fôlego composta por Bruch alguns meses antes da sua morte. Escrito para a formação de quatro violinos, duas violas, um violoncelo e um contrabaixo, a obra se divide em três movimentos.


Orquestra Sinfônica Brasileira

Série Músicos da OSB

Antonín Dvořák
Quinteto para Cordas em Sol Maior op.77
I. Allegro com fogo
II. Scherzo . Allegro vivace
III. Pouco andante
IV. Final. Allegro assai   

INTERVALO

Max Bruch
Octeto para Cordas em Si bemol Maior
I. Allegro moderato
II. Adagio
III. Allegro Molto


Quando: 13 de abril, domingo, às 11h
Onde: Sala Cecília Meireles (Rua da Lapa, 47, Centro, Rio de Janeiro)
Ingressos: R$ 40,00 (R$ 20,00 meia)


Foto: Marina Andrade.

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