O Theatro Municipal do Rio de Janeiro, uma das mais tradicionais casas de ópera do Brasil, anuncia a sua temporada de espetáculos até o fim do ano. Com o Patrocínio Oficial Petrobras, a temporada 2025 traz uma programação diversificada que abrange óperas, balés e concertos, enriquecendo a experiência cultural do público. A proposta é, a cada ano, democratizar ainda mais o acesso à arte e à cultura, oferecendo produções de alta qualidade a preços acessíveis.
Em comemoração aos 200 anos de nascimento de Johann Strauss II, o concerto Uma Noite Vienense abriu as portas da casa em 2025 com a Série Celebrações, nos dias 13 e 14 de março. O concerto contou com a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal (OSTM) e com a participação da soprano Michele Menezes. A regência foi do titular da OSTM, Felipe Prazeres.

Em março ainda, nos dias 28 e 29, haverá um concerto didático, novamente com Felipe Prazeres à frente da OSTM. Com texto de Eric Herrero, as apresentações terão obras de Bach, Mozart, Tchaikovsky, Rossini, Beethoven, Vivaldi, e dos brasileiros Heitor Villa-Lobos e Lorenzo Fernandes. Como solistas, Carolina Morel (soprano), Loren Vandal (soprano), Fernando Lorenzo (barítono), Daniel Albuquerque (violinista) e Sofia Ceccato (flauta). Participações especiais de Liana Vasconcelos (bailarina), Bruno Fernandes e Ludoviko Vianna (atores) como os palhaços Goiabada e Marshmallow, e Murilo Emerenciano (piano). A direção cênica será de Mateus Dutra.
Em abril, uma nova montagem da opereta A Viúva Alegre, de Franz Lehar, com o Coro e a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, concepção e direção cênica de André Heller–Lopes e direção musical e regência de Felipe Prazeres. No elenco, os cantores Gabriella Pace, Tati Helene, Igor Vieira, Santiago Villalba, Ricardo Gaio, Guilherme Moreira, Carolina Morel, Thayana Roverso, Fernando Portari, Geilson Santos, Guilherme Gonçalves, João Campelo, Frederico de Assis, Ciro d’Araújo, Eliane Lavigne, Fernanda Schleder, Loren Vandal, além da participação especial da atriz Alice Borges. Cenografia de Renato Theobaldo, figurinos de Marcelo Marques, iluminação de Paulo César Medeiros e coreografia de Rodrigo Negri.

Em maio, um dos grandes favoritos do público estará de volta ao palco: O Lago dos Cisnes, com música de Tchaikovsky, contará com o Ballet e a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal. A concepção e a adaptação são de Jorge Texeira, a partir de Marius Petipa e Lev Ivanov. Direção e mise-en-scène de Hélio Bejani, iluminação de Paulo Ornellas, cenários e figurinos do Acervo FTM e Acervo Cia Bemo. O regente será Javier Logioia Orbe.
Em junho, haverá o concerto da Série Música Brasileira em Foco, com a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal. Sob a regência de Cláudio Cruz, o programa terá obras de Carlos Gomes (Abertura da ópera Fosca), Hekel Tavares (Concerto para Piano nº 2 em Formas Brasileiras, solista Álvaro Siviero) e Alberto Nepomuceno (Série Brasileira).
Em julho, no aniversário de 116 anos do Municipal, e em homenagem aos 150 anos de falecimento do compositor, o destaque será a ópera Os Pescadores de Pérolas, de Georges Bizet. Com o Coro e a Orquestra Sinfônica da casa, a ópera contará com concepção e direção cênica de Julianna Santos e direção musical e regência de Luiz Fernando Malheiro. Nos papéis principais, Ludmila Bauerfeldt, Michele Menezes, Carlos Ullan, Caio Duran, Vinícius Atique, Homero Velho, Murilo Neves e Leonardo Thieze. A cenografia e os figurinos serão de Desirée Bastos, a iluminação, de Paulo Ornellas, e a coreografia, de Bruno Fernandes e Mateus Dutra. No dia 14 de julho, data da comemoração do aniversário, o espetáculo terá entrada franca.

Em agosto, O Corsário, com música de Adolphe Adam, Cesare Pugni, Leo Delibes e Riccardo Drigo voltará ao palco da casa, com o Ballet e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, em remontagem e adaptação de Hélio Bejani e Jorge Texeira, a partir de Marius Petipa. Com regência de Jésus Figueiredo, a montagem terá a direção geral de Hélio Bejani, cenografia de Manoel dos Santos e Pará Produções, iluminação de Paulo Ornellas. O figurino é de Tânia Agra.
Em setembro, o Festival Oficina da Ópera chega à sua terceira edição, sempre dando espaço aos novos talentos. Serão três títulos, começando com Dido e Eneas, de Henry Purcell, com Ensemble OSTM. A direção musical e regência ficará a cargo de Jésus Figueiredo. A segunda ópera do Festival será O Afiador de Facas, de Piero Schlochauer, com Ensemble OSTM, sob regência e direção musical de Anderson Alves. E, para fechar, a cantata profana Carmina Burana, de Carl Orff, com Coro e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, sob a regência e direção musical de Victor Hugo Toro.
Em outubro, o Ballet do Theatro Municipal vai mostrar uma coreografia do carioca Reginaldo Oliveira, diretor e coreógrafo da Salzburg Landestheater (Áustria), inédita na América Latina. Frida é um espetáculo premiado na Alemanha sobre a trajetória da pintora mexicana Frida Kahlo. A direção geral do espetáculo será de Hélio Bejani.
Também em outubro, haverá outro destaque na programação. Um Concerto do ano França-Brasil. Será uma apresentação lírica, com jovens selecionados pela direção da Ópera de Paris, acompanhados pela OSTM, sob a regência de Felipe Prazeres.
Em novembro, será a vez da ópera Madama Butterfly, de Puccini, com Coro e Orquestra Sinfônica da casa. No elenco, Daniela Tabernig, Eiko Senda, Matheus Pompeu, Giovanni Tristacci, Inacio de Nonno, Licio Bruno, Geilson Santos, João Campelo, Luciana Bueno, Lara Cavalcanti, Murilo Neves, Leonardo Thieze, Fernando Lorenzo, Flavio Mello e Carla Rizzi. Os figurinos serão de Marcelo Marques, a concepção e a direção cênica, de Pedro Salazar, e a direção musical e regência ficarão a cargo de Alessandro Sangiorgi.
Spirituals estará de volta, desta vez no palco do Municipal. O espetáculo foi apresentado em 2023 nas escadarias do Theatro, e em 2024 no Salão Assyrio. Os cantores e instrumentistas do Theatro Municipal, sob direção musical de Murilo Emerenciano, mostrarão o gênero musical que surgiu nos Estados Unidos e foi interpretado, inicialmente, por escravizados negros.

Em dezembro, para encerrar o ano, o tradicional O Quebra-Nozes, de Tchaikovsky, com Ballet, Coro e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Com concepção e adaptação de Hélio Bejani e Jorge Texeira, a partir de Marius Petipa, regência do maestro titular da OSTM, Felipe Prazeres, o balé tem direção e mise-en-scène de Hélio Bejani, figurinos de Tânia Agra, cenografia de Manoel dos Santos, e iluminação de Paulo Ornellas.
Em todas as récitas e concertos da Temporada 2025 do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, antes de cada espetáculo, haverá uma palestra gratuita sobre a obra e suas curiosidades, com a presença de um intérprete de libras. Durante o ano, a Petrobras também patrocina diversas atividades, como masterclasses gratuitas, e a área educativa, com visitas guiadas, visitas temáticas e oficinas de desenho.
“É uma alegria enorme divulgar a temporada de 2025. Repetir títulos que foram tão aclamados no último ano e trazer outros que, com toda certeza, serão sucesso. É muito importante garantir acesso à cultura, e contar com o patrocínio oficial da Petrobras é fundamental. Esperamos casa cheia, venham todos!”, destaca a presidente da FTM, Clara Paulino.
A programação completa estará no site (theatromunicipal.rj.gov.br) e nas plataformas virtuais, à medida em que as produções forem realizadas.
Texto enviado pelo TMRJ.
Fotos: Daniel Ebendinger.
Uma temporada minguada num teatro de ópera: apenas duas óperas numa casa tão importante do Brasil. E pensar que, há décadas, nessa tradicional casa brasileira de ópera e ballet, apresentavam-se dezenas de títulos consagrados ou, pelo menos, meia dúzia entre os grandes compositores G. Verdi, Bellini, Rossini, Puccini, Massenet, Gounod, Donizetti, Boito, Ponchielli, Cilea, Giordano, Leoncavallo, Mascagni, Bizet, Beethoven, Mozart, Villa-Lobos, Gershwin, Wagner, Strauss e o nosso glorioso e imortal Carlos Gomes! Lamentável!!! Tempo ótimo com Fernando Bicudo à frente do Theatro Municipal do Rio de Janeiro!!! “Aida”, “Il Guarany”, “Norma”, “Tosca”, “Madama Butterfly”, “Porgy and Bess”, “Il Trovatore” e “Lá Traviata” acrescentem-se,”Orfeo”….. A Flauta Mágica! E hoje, se faz um estardalhaço por duas óperas somente… Inexorável!!! Só restam saudades.
E não poderia deixar de acrescentar a presença de Aprile Millo tantas vezes em nosso Theatro Municipal, graças ao prestígio de Fernando Bicudo que nos trouxe essa diva das últimas décadas do Século XX (1980<2000) não só ao Rio de Janeiro, como em extensão, à cidade de São Paulo, em companhia de Placido Domingo ao Palácio do Anhembi (Aprile Millo, P. Domingo e Fernando Teixeira (BR) ; em igual efeméride ao Theatro Municipal de São Paulo, dois dias após. onde também cantou a ópera "Andrea Chenier" (em 21 de agosto de 1989). Antes, em recital único, com as melhores árias de seu vasto repertório. Nunca mais !!!
O Theatro Municipal deu algum motivo para não divulgarem as datas do segundo semestre e não divulgarem nenhum elenco por dia, nem nas apresentações daqui a duas semanas da “Viúva Alegre”? É absurdo ter que comprar ingresso no escuro, fazendo suposições de elencos. Isso porque mesmo os nomes que estão aqui no artigo do Notas Musicais não estão na página do Theatro nem no instagram (insistem em se comunicar com o público apenas por este meio).
Nem vou reclamar da falta de imaginação dos títulos e de termos óperas a menos (afinal, opereta e cantata não deveriam estar contando como óperas). Já não basta a temporada minguada. A passada, ao menos, foi interessante, mas é preciso ter mais títulos.
[…] Feita esta observação inicial, o primeiro fato que chama a atenção na análise da programação principal do TMRJ para 2025 é que esta é praticamente uma cópia da temporada anterior, a saber: dois concertos em março, ópera (no caso de agora, opereta) em abril, balé em maio, concerto em junho, ópera em julho, balé em agosto, Festival Oficina da Ópera em setembro (desta vez com um título principal – Carmina Burana – que não é uma ópera), balé e concerto em outubro, ópera em novembro, balé em dezembro. Os títulos, claro, são quase todos diferentes (exceto pela repetição dos balés O Lago dos Cisnes e O Quebra-Nozes), mas, reitero, a estrutura é quase 100% idêntica à do ano anterior. A única diferença é a inclusão de um recital a mais em novembro (Spirituals). As informações divulgadas pela casa podem ser consultadas aqui. […]