Balé “La Fille Mal Gardée” estreia no Municipal do Rio

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro traz de volta ao palco La Fille Mal Gardée, um dos grandes balés do século XVIII. A versão original foi apresentada em julho de 1789, no Grand Théâtre de Bordeaux, na França. Entre os coreógrafos que recriaram esse balé, um deles foi Marius Petipa, em 1885, quando apresentou a sua versão em São Petersburgo, na Rússia. Surgiram outras produções através do século XX e, agora, em 2024, a concepção e coreografia do uruguaio Ricardo Alfonso, encenada no ano passado pelo Ballet Nacional Sodre, em Montevidéu, a partir de Marius Petipa, chega ao Municipal com o Ballet e a Orquestra Sinfônica do Theatro. A supervisão artística é de Hélio Bejani e Jorge Texeira, a regência é de Silvio Viegas, e a direção geral, de Hélio Bejani. A montagem terá onze récitas, sendo um ensaio geral e uma apresentação para escolas. Os ingressos já estão disponíveis na bilheteria do TMRJ e também por meio do site www.theatromunicipal.rj,gov.br.

“Trazer o ballet ‘La Fille Mal Gardée’ ao palco do Municipal novamente é uma grande alegria para todos nós. Uma história leve e engraçada que promete cativar a todos. Você não pode perder a oportunidade de assistir ao nosso Corpo de Baile e à Orquestra Sinfônica do TMRJ, que sempre garantem um espetáculo inesquecível. Esperamos você” – afirma a presidente da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Clara Paulino.

“Esta concepção do coreógrafo Ricardo Alfonso do ballet ‘La Fille Mal Gardée’ vem proporcionar aos nossos bailarinos a oportunidade de evidenciar o papel primordial da expressão facial, para além da gestualidade, na comunicação das diferentes emoções dos personagens, e enfatizar a interpretação como ferramenta principal para fazer o público compreender a história e comover-se com ela” – ressalta Hélio Bejani, diretor do Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Sinopse

Ato 1

Vemos o romance de Lisa, filha de Simone, uma rica proprietária de uma fazenda, com um camponês chamado Colas. Este é despedido, pois Simone pretende casar a sua filha com Alan, filho do rico Thomas. Em um encontro em pleno campo para reunir o gado, todos os personagens se definem: Lisa e Colas declaram o seu grande amor; Alan brinca infantilmente; e a viúva namora Thomas. Tudo é interrompido por uma tempestade.

Ato 2

A viúva continua preparando Lisa para o casamento, e a filha finge consentir para afastar a desconfiança da mãe. Chegam Thomas, a mãe Simone e Alana no momento em que Lisa está experimentando o vestido de noiva. Enquanto os três tratam do casamento, a viúva entrega a chave do quarto de Lisa para Alan. Quando ele abre a porta do quarto, encontra Lisa nos braços de Colas, mas o destino premia os dois jovens, que finalmente se casam com as bençãos da mãe, a ira do velho Thomas e a indiferença infantil de Alan.

Silvio Viegas

Silvio Viegas

Silvio Viegas é atualmente o regente titular da Orquestra Provincial de Santa Fé, na Argentina, e professor de regência na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais até o final de 2022, regente titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro de 2008 a 2015, e professor da cadeira de Regência na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais durante mais de 15 anos. Foi também diretor artístico da Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes, em Belo Horizonte, de 2003 a 2005, e diretor artístico interino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro de 2011 a 2012.

Desde o início da sua carreira, tem se destacado por sua atuação no meio operístico, regendo títulos como O Navio Fantasma, L’Italiana in Algeri, O Barbeiro de Sevilha, Le Nozze di Figaro, A Flauta Mágica, La Bohème, Tosca, Carmen, Cavalleria Rusticana, I Pagliacci, Nabucco, Il Trovatore, La Traviata, Falstaff, Otello, Il Guarany, Romeu e Julieta, Lucia di Lammermoor, Norma, Porgy and Bess, Salomé, Aleijadinho, dentre outros.

Nomeado como o melhor regente de ópera em 2017, como convidado, esteve à frente da Orquestra da Arena de Verona, Sinfônica de Roma, Sinfônica de Burgas (Bulgária), Sinfônica do Festival de Szeged (Hungria), Orquestra do Algarve (Portugal), Sinfônica Brasileira (OSB), Coro e Orquestra Estable do Teatro Colón, Teatro Argentino de La Plata (Argentina), Amazonas Filarmônica, Petrobras Sinfônica, Sinfônica do Paraná, Sinfônica do Theatro São Pedro-SP, Orquestra do Theatro da Paz, Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, dentre outras.

Em 2001, obteve o primeiro lugar no Concurso Nacional “Jovens Regentes”, organizado pela Orquestra Sinfônica Brasileira no Rio de Janeiro. Natural de Belo Horizonte, Silvio Viegas, estudou regência na Itália e é Mestre em regência pela Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, tendo sido discípulo de Oiliam Lanna, Sergio Magnani e Roberto Duarte.

Ricardo Alfonso

Ricardo Alfonso

Formado pela Escola Nacional de Dança de Montevidéu, Uruguai, em 1986, ingressou no Corpo de Dança SODRE de Montevidéu, onde participou de todos os trabalhos por ela apresentados, como Giselle, O Lago dos Cisnes, Coppélia, Baile de Graduados, Interpley, Mozartíssimo, As Quatro Estações, Carmina Burana, Dom Quixote, Gayané, etc.

Para o Ballet Hoy, dirigido por Ines Camou, Alfonso cria as suas primeiras coreografias a nível profissional. Com a Sociedade Uruguaia Pró-Ópera e Ballet Hoy, Alfonso intervém na encenação de María de Buenos Aires (Piazzolla-Ferrer) como assistente de direção, coreógrafo e interpretando um dos personagens principais (El Gato); em Evita, como dançarino e coreógrafo; e em Jesus Christ Superstar, como dançarino.

Em 1994, juntamente com o Ballet Hoy, apresentou Sonata (Bach) e Entre Azul y Verdi (G.Verdi), obra que passou a fazer parte do repertório do Ballet SODRE. O jornal El País de Montevidéu considera a sua obra Entre Azul y Verdi como uma das “melhores obras coreográficas dos últimos tempos”, considerando Alfonso a “revelação coreográfica do ano”.

No Brasil, trabalhou ao lado de Maria Waleska Van Helden, participando de diversas edições da Dança Alegre Alegrete. Em Santa Fé, junto com outros profissionais, fundou a TAIARTE, assumindo a direção de seu próprio grupo, o Ballet Contemporaneo de Santa Fé, para o qual criou Opus 3, Solo Vivaldi, Aires y Danzas Antiguas, Brahms para 10 bailarinos, Estrofas al Viento, dentre outras coreografias.

No Ballet del Sur, sob a direção de Violeta Janeiro Alfonso, é professor e coreógrafo. De 2010 a 2021 foi diretor principal do Ballet del Sur de Bahia Blanca. Em 2015, Alfonso foi o vencedor do Prêmio Mascara, concedido pela Prefeitura de Santa Fé em reconhecimento à sua carreira. Em 2016, foi jurado do Prêmio Escenário do jornal UNO de Santa Fé, e de 2017 até o momento, jurado do Bahia Blanca e do Prêmio Federal Hugo. Em 2019, o Ballet del Sur recebeu a Menção ao Mérito dos Prêmios Konex por estar entre as cinco melhores companhias da Argentina nos últimos 10 anos, período que coincide com a gestão de Alfonso como diretor principal. Em 2023, apresentou a sua versão de La Fille Mal Gardée no Ballet Nacional SODRE, em Montevidéu. Desde dezembro, é coordenador do Teatro Municipal e Produção Artística 1º de Mayo, da cidade de Santa Fé, Argentina.


Lise: Márcia Jaqueline / Juliana Valadão / Manuela Roçado / Marcella Borges / Tabata Salles
Collas: Cícero Gomes / Alyson Trindade / Rodrigo Hermesmeyer
Viúva Simone: Edifranc Alves / Saulo Finelon
Thomas: Rodolfo Saraiva / Romilton Santana
Alain: Alyson Trindade / Luís Paulo Martins / Rodrigo Hermesmeyer
Notário da Aldeia: Gabriel Araújo / Marco Bispo

– Dia 14 – Quarta-feira (ensaio geral para convidados): Manuela Roçado e Rodrigo Hermesmeyer
– ⁠Dia 15 – Quinta-feira (Estreia): Márcia Jaqueline e Cícero Gomes
– ⁠Dia 16 – Sexta-feira: Manuela Roçado e Rodrigo Hermesmeyer
– ⁠Dia 17 – Sábado: Márcia Jaqueline e Cícero Gomes
– ⁠Dia 18 – Domingo: Marcella Borges e Alyson Trindade
– ⁠Dia 20 – Terça-feira (Projeto Escola): Tabata Salles e Alyson Trindade
– ⁠Dia 21 – Quarta-feira: Márcia Jaqueline e Cícero Gomes
– ⁠Dia 22 – Quinta-feira: Marcella Borges e Alyson Trindade
– ⁠Dia 23 – Sexta-feira: Juliana Valadão e Cícero Gomes
– ⁠Dia 24 – Sábado: Manuela Roçado e Rodrigo Hermesmeyer
– ⁠Dia 25 – Domingo: Juliana Valadão e Cícero Gomes

La Fille Mal Gardée
Música: Ferdinand Hérold
Libreto e coreografia original: Jean Dauberval

Ballet e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Concepção e Coreografia: Ricardo Alfonso
Regência: Silvio Viegas
Direção Geral: Hélio Bejani
Iluminação: Paulo Ornellas
Figurinos: Tânia Agra
Cenografia: Manoel dos Santos / Confecção: Pará Produções
Designer Gráfico: Carla Marins
Supervisão Artística: Hélio Bejani e Jorge Texeira


Récitas: 14 (ensaio geral para convidados), 15 (estreia), 16, 17, 21, 22, 23 e 24 de agosto, às 19h / 20 de agosto, às 14h (Projeto Escola) / 18 e 25 de agosto, às 17h
Duração aproximada: 1:45h (1º ato – 50 min / 2º ato – 35 min / Intervalo de 20 min)
Ingressos: Frisas e Camarotes > R$ 90,00 (ingresso individual) / Plateia e Balcão Nobre > R$ 80,00 / Balcão Superior (Central e Lateral) > R$ 50,00 / Galeria (Central e Lateral) > R$ 30,00 / ingressos já à venda na bilheteria do TMRJ e por meio do site www.theatromunicipal.rj.gov.br

Haverá uma palestra gratuita no Salão Assyrio uma hora antes do início do espetáculo.


Fotos (atualizadas em 15/08): Daniel Ebendinger.

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