A Camerata Jovem do Rio de Janeiro (CJRJ) se apresentará, pela primeira vez, no Theatro São Pedro, em São Paulo, no dia 16 de novembro, sábado, às 20h, com entrada franca. O solista da noite será o violinista Claudio Cruz, diretor artístico do grupo e que também regerá o concerto. A Camerata foi criada há nove anos e é formada por 17 jovens músicos cariocas, moradores de comunidades do Rio, com idades entre 18 e 25 anos e oriundos do projeto Ação Social pela Música do Brasil (ASMB), que promove o ensino de música de concerto há 25 anos para jovens em situação de vulnerabilidade.
O concerto também será uma homenagem da Camerata, formada em sua maioria por jovens negros, ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. Unindo composições que transitam entre o clássico e o popular, o repertório da noite vai celebrar a música brasileira e a música latina.
“Será uma noite muito especial, pois esta é a nossa estreia no Theatro São Pedro e sob a batuta de Claudio Cruz, que é diretor pedagógico e musical da Ação Social pela Música do Brasil. O concerto também vai ser marcado pela resistência, pois os nossos jovens vão celebrar o Dia da Consciência Negra, reafirmando o compromisso da Ação Social pela Música do Brasil com as pautas e ações antirracistas”, afirma Fiorella Solares, diretora da Camerata e do projeto Ação Social pela Música do Brasil (ASMB).
Clássico e popular se unem no repertório da apresentação
O programa começará com As Quatro Estações Portenhas, obra de Astor Piazzolla (1921–1992), reconhecido como um dos maiores compositores argentinos do século XX. Piazzolla se inspirou na obra de Vivaldi, As Quatro Estações, porém, na sua versão, há o acréscimo do toque “portenho”, que nos remete ao seu berço, a cidade de Buenos Aires, também em quatro movimentos, com uma atmosfera latina, melancólica e vigorosa, que trazem elementos do jazz e do tango. Claudio Cruz, que fará a regência do concerto, também será o solista da obra.
Após o intervalo, a Orquestra retornará com Variações sobre o Tema de Frank Bridge, uma das obras mais conhecidas do inglês Benjamin Britten (1913-1976), que criou a composição com apenas 23 anos. A peça é composta por dez variações baseadas em um tema retirado da Suíte para Quarteto de Cordas, de Frank Bridge, então seu mentor.
Depois, é a vez de Brejeiro, de Ernesto Nazareth, composta em 1893, obra conhecida como um tango brasileiro, caracterizado pela fusão do tango com ritmos e elementos da música popular brasileira. Encerrando o concerto com muita energia, a Camerata fará um mergulho na música popular brasileira por meio de dois grandes clássicos: Mas que nada, de Jorge Ben Jor, e Aquarela do Brasil, de Ary Barroso.
Trajetória de sucesso
A Camerata Jovem do Rio de Janeiro já se apresentou em espaços consagrados da música de concerto no Brasil, como o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a Sala Cecilia Meireles, a Cidade das Artes e também no Rock in Rio, tocando ainda ao lado de grandes músicos como o pianista chinês Lang Lang e o violonista brasileiro Yamandu Costa. Também fez diversas turnês e apresentações mundo afora em importantes ocasiões e salas de concerto, como no centenário da ONG Save the Children, em Zurique, na Suíça, e também em Nova York, Berlim, Amsterdam, Madrid e no Palácio das Nações, sede da ONU em Genebra.
PROGRAMA
Camerata Jovem do Rio de Janeiro
Claudio Cruz, regência e violino
Astor Piazzolla
As Quatro Estações Portenhas
INTERVALO
Benjamin Britten
Variações sobre o Tema de Frank Bridge
Ernesto Nazareth
Brejeiro
Jorge Ben Jor
Mas que Nada
Ary Barroso
Aquarela do Brasil
SERVIÇO
Quando: 16 de novembro, sábado, às 20h
Onde: Theatro São Pedro (R. Barra Funda, 171, São Paulo)
Ingressos: entrada franca
Classificação: livre
Duração aproximada: 1:40h
Foto: divulgação.