Recém-incluído no Calendário de Datas Comemorativas do Estado do Rio de Janeiro, o Dia da Música no Museu é celebrado pela primeira vez agora, em 27 de março – a inclusão foi oficializada em janeiro por decreto da Alerj, já sancionado pelo governador. A comemoração acontece na próxima semana, com dois concertos, sempre com entrada franca.
Villa-Lobos in Jazz (terça, 26)
Na próxima terça-feira, 26 de março, às 18h, o baterista Otavio Garcia, comanda o projeto Villa-Lobos in Jazz, no Arte Sesc (Rua Marquês de Abrantes, 99, Flamengo). Com Felipe Poli (violão), Alex Rocha (baixo) e Marco Túlio (sax e flauta), ele “jazzeia” as Bachianas nº 5 (Cantilena), Caicó e Escravos de Jó, entre outras peças dos repertórios erudito e popular de Heitor Villa-Lobos (1887-1959). O grupo também homenageia o recém-falecido pianista Fernando Corona, que era seu integrante.
Quarteto Tonal (quarta, 27)
No Dia da Música no Museu, quarta-feira, 27 de março, quem faz a homenagem na data é o Quarteto Tonal. Formado por Nelma Pataro (flauta doce – soprano e contralto), Sérgio Simões Menezes (flauta doce – tenor e contralto), João Azeredo (flauta doce contralto e flauta transversa) e Sarah Nery (piano e percussão), o grupo toca de Aquarela do Brasil (Ary Barroso) ao tango Por una cabeza (Alfredo Le Pera / Carlos Gardel), além de canções como Lígia (Tom Jobim) e Carolina (Chico Buarque), em homenagem ao Mês das Mulheres.
“Para nós, é uma grande honra tocar na data em que agora se celebra o Dia da Música no Museu, projeto em que toco há anos, com este e com outros grupos – e que venham muitos mais”, ressalta Nelma Pataro, diretora musical do Quarteto Tonal, que se apresenta às 12:30h, no CCBB (Rua Primeiro de Março, 66, Centro).
Em 27 anos, projeto bate recorde e vira livro
A inclusão do Dia da Música no Museu no calendário oficial de datas comemorativas é um reconhecimento ao trabalho que em 2024 completa 27 anos, deferido como a maior série permanente de música clássica do Brasil pela Rank Brasil – sistema brasileiro de homologação de recordes.
Nestas quase três décadas ininterruptas, mais de 1 milhão de espectadores já assistiram aos concertos, sempre gratuitos, da série. “Passamos a promover aqui um hábito que já era comum na Europa, de levar música a locais como igrejas, centros culturais, pontos históricos, além de, é claro, museus”, ressalta Sérgio da Costa e Silva, idealizador do projeto que virou até livro. De sua autoria, Música no Museu – 25 anos, uma Vida foi inicialmente pensado para 2022, mas acabou lançado no ano passado, pela editora Carpex.
Foto: divulgação (Quarteto Tonal).