O projeto Música no Assyrio está movimentando os domingos no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. De quinze em quinze dias, sempre às 11h, destacados nomes da música de concerto se apresentam em um dos mais importantes espaços da história do Municipal: o Salão Assyrio. No próximo dia 13 de novembro, será a vez do aclamado Duo Bosisio, formado pelos dois spallas da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal (OSTM): Carlos Mendes e Ricardo Amado.
O Duo foi criado no início da pandemia com a intenção de levar ao público a diferenciada interação entre os universos das músicas popular e de concerto, utilizando para isso adaptações de ícones do Rock, da MPB e também de grandes e celebradas músicas de concerto, feitas exclusivamente pelos dois músicos. O Duo Bosisio vem obtendo, desde o início, uma excelente receptividade do público, tanto leigo quanto especializado. Os ingressos já estão à venda através do site (theatromunicipal.rj.gov.br) ou na bilheteria do Theatro. Os preços são bem populares (R$ 10,00 – inteira) e (R$ 5,00 – meia-entrada).
Carlos Mendes
Iniciou seus estudos de música aos oito anos de idade no Instituto Meninos Cantores de Petrópolis (Canarinhos). Aos dez anos começou a estudar violino com o professor Carlos Eduardo Moreno nesta mesma instituição e já aos quatorze anos passou aos cuidados do mestre Paulo Bosisio. Aos vinte anos ingressou na UniRio (Universidade do Rio de Janeiro), onde tornou-se bacharel em violino na classe do seu já citado mestre. Dentre vários outros cursos de extensão em performance e didática do violino, destaca-se o convite como bolsista feito pela Académie Européenne de Musique de Tournon (França) por dois anos consecutivos para participar da Orchestre Philharmonique Rhodanien, isso nos anos de 1996, quando teve participação como spalla da orquestra, e 1997. Ocupa o cargo de spalla da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro desde o ano de 2004, integrando ainda a Orquestra Petrobras Sinfônica, onde também vem assumindo importantes cargos, administrativos e artísticos (2008 a 2013 – Conselho Diretor; e 2014 até 2019 – Direção Artística).
Na música de câmara é integrante do Quarteto Bosisio, do Quarteto Atlas, com o qual apresentou-se em excursão pela Europa no ano de 2018, obtendo grande sucesso de público e de crítica, e ainda do Duo de Violinos Paulo Bosisio. Na área didática, atuou na coordenação das cordas da Fundação CSN, em Volta Redonda, tendo feito parte ainda do quadro de professores de importantes festivais, como o Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga (Juiz de Fora – MG) e o Festival de Verão dos Canarinhos de Petrópolis (Petrópolis – RJ). Faz parte ainda do corpo fixo de júri do renomado Concurso de Cordas Paulo Bosisio, além de ter sido convidado para o júri de bancas de concursos da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, da Orquestra Petrobras Sinfônica e do Teatro Colón, na Argentina. Como solista tem atuado à frente de diversas orquestras brasileiras, tais como: Orquestra Sinfônica da Bahia, Orquestra Sinfônica do Espírito Santo, Camerata Sesi-ES, Orquestra Petrobras Sinfônica, Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Ricardo Amado
Ricardo Amado é natural de Uberlândia-MG, iniciou seus estudos com os professores Micheli Virno, Klemes César Pires e Jurandy Poty Maurício. Posteriormente graduou-se em Licenciatura em Música na UnB – Universidade de Brasília, e, paralelamente, continuou seus estudos com o Prof. Nicolas Merat. A partir de 1987 foi aceito e é aluno do Prof. Paulo Bosisio, concluindo o Bacharelado com o Prof. Paulo Bosisio na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. Em 1989, foi vencedor do Concurso Nacional de Piracicaba e, ainda no mesmo ano, obteve o primeiro prêmio e a designação de “Melhor Intérprete de Música Brasileira”, no Concurso Nacional para Instrumentistas de Cordas de Juiz de Fora. Conquistou também o primeiro prêmio no concurso “W.A.Mozart”, realizado pela Orquestra de Câmara da USP, em 1991.
Já se apresentou como solista de diversas orquestras, dentre elas, a Orquestra Sinfônica Brasileira, a Orquestra Sinfônica Nacional, Orquestra Filarmônica do Espírito Santo, Orquestra Experimental de Ouro Preto e Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, com os maestros Isaac Karabtchevsky, Carlos Moreno, Felipe Prazeres, David Machado, Roberto Duarte, Nelson Nilo Hack, Silvio Viegas, Rodrigo Toffolo, Sílvio Barbato, Helder Trefzger, Carlos Prazeres , dentre outros grandes maestros. É spalla da Orquestra Petrobras Sinfônica desde junho de 2013, e é também spalla do Theatro Municipal do Rio de Janeiro desde 2002.
Amado vem desenvolvendo um trabalho na divulgação da música de câmara brasileira, como a gravação da integral das sonatas de Villa-Lobos junto ao pianista Flávio Augusto, lançada pela Academia Brasileira de Música; com o Trio Aquarius, juntos desde 1991; e também em turnê com o quarteto Atlas em julho de 2018, pelas salas de concerto da Itália e Áustria, sempre divulgando a música brasileira juntamente com outros grandes compositores.
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