Na Coreia do Sul, Luiz-Ottavio Faria é Timur na ópera “Turandot”

O baixo brasileiro Luiz-Ottavio Faria está em Seul, na Coreia do Sul para interpretar o personagem Timur na ópera Turandot de Giacomo Puccini. O cantor divide o palco com nomes como Ewa Plonka, Maria Guleghina, Yusif Eyvazov e Brian Jagde. Três regentes se dividem nas récitas: José Cura, Paolo Carignani e Plácido Domingo. A ópera será apresentada no Coex, um grande centro de espetáculos sul-coreano. “Vai ser uma grande honra cantar em Seul, na Coreia do Sul, onde o meu querido e estimado professor Fernando Teixeira cantou na inauguração do Coex, em março de 1994”, comenta Faria. Essa será a segunda vez que o artista brasileiro canta no pais. A primeira foi cantando Negro Spirituals com o seu grupo, The Harlem Spiritual Ensemble.

O personagem Timur é marcante na carreira de Luiz-Ottavio Faria, que já o interpretou em várias oportunidades em grandes teatros, como a Ópera de Toulon, na França, a Arena de Verona, na Itália, o Teatro Real de Madrid, na Espanha, a Palm Beach Opera, nos Estados Unidos, o Theatro Municipal de São Paulo e o Theatro Municipal Rio de Janeiro.

Em 2025, Faria já tem apresentações agendadas no Brasil. Em abril, canta a única ópera de Beethoven, Fidelio, com regência de Cláudio Cruz e direção cênica de William Pereira, no Theatro São Pedro, em São Paulo. Em setembro, será Porgy, da ópera Porgy and Bess, de Gershwin, no Theatro Municipal de São Paulo, com regência de Roberto Minczuk e direção cênica de Grace Passô. No exterior, cantará o Requiem de Verdi em Nuremberg, na Alemanha. Outra prioridade de Luiz-Ottavio Faria é ministrar masterclasses.

Luiz-Ottavio Faria

Luiz-Ottavio Faria nos bastidores da produção sul-coreana

Natural de Bonsucesso, no Rio de Janeiro, estudou canto com professores consagrados no mundo lírico, tais como Fernando Teixeira, Nilze Mirian Vianna, Mario Bertolino, Benjamin Mathews e os maestros Riccardo Frizza e Massimiliano Bullo.  

Formado pela prestigiada The Juilliard School of Music, de Nova York, com o barítono grego Charles Kellis, também foi aluno da Escola de Música Villa-Lobos, do Conservatório Brasileiro de Música e da UNIRIO, no Rio de Janeiro, além de frequentar o American Institute of Music Studies, AIMS, na Áustria.

A estreia mundial de Luiz-Ottavio Faria se deu na ópera Un Ballo in Maschera, de Verdi, no papel de Tommaso, ao lado do legendário tenor Carlo Bergonzi e do grande barítono brasileiro Fernando Teixeira, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com temporada estendida para o Theatro Municipal de São Paulo.

Ao longo de sua carreira, colaborou com importantes teatros, festivais e orquestras, como a Royal Opera House Muscat, o Teatro São Carlos, de Lisboa, a Orquestra Nacional Montpellier Occitanie, o Festival de Ópera de La Coruña, na Espanha, o Theatro Municipal de São Paulo, o Teatro Solis, de Montevideo, no Uruguai, o Teatro Cólon, em La Coruña, na Espanha, o Teatro Comunale de Bologna, na Itália, o Teatro Montpellier e a Ópera de Toulon, na França, o Festival Amazonas de Ópera.

Em anos recentes, no Brasil, interpretou Daland, na ópera O Navio Fantasma, de Wagner, no Theatro Municipal de São Paulo, e Osmin na ópera O Rapto do Serralho, de Mozart, no Theatro São Pedro, também em São Paulo. Recentemente Luiz-Ottavio Faria criou, com outros importantes cantores líricos brasileiros (Marly Montoni, Cristiane Mesquita, Juliana Taino, Mere Oliveira, Jean William) e com o maestro Murilo Emerenciano, o grupo The Black Roots Brazilian Ensemble, que interpreta músicas de origem africana, spirituals e canções brasileiras. A estreia do grupo foi na Sala Cecília Meireles. Outras apresentações aconteceram no Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Janeiro e no Theatro Municipal de Niterói.


Fotos: divulgação.

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