Na UERJ, OSB Jovem apresenta “Danças Sinfônicas”

No dia 26 de setembro, às 19h, o Teatro Odylo Costa, filho, na UERJ, sedia mais um concerto da Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem. Sob a batuta de Anderson Alves, a apresentação conta com um repertório constituído por obras de Johannes Brahms, Georges Bizet, Edvard Grieg, Josef Strauss e Johann Strauss.

Embora tenha escrito obras de grande fôlego e de arquitetura portentosa, Johannes Brahms foi também um miniaturista de absoluto talento, como atestam as inspiradas Danças Húngaras. Baseadas em temas ciganos, essas pequenas joias foram inicialmente escritas para piano a quatro mãos e publicadas em dois volumes, nos anos de 1869 e 1880. O imediato sucesso não apenas se traduziu em ganhos financeiros para o compositor alemão, como também fez surgir a demanda por versões orquestrais, que seriam subsequentemente realizadas por ele e por alguns de seus colegas. Neste concerto, serão ouvidas duas das Danças Húngaras, em versão orquestral: a de nº 1, arranjada pelo compositor, e a de nº 5, em versão sinfônica assinada Albert Parlow.

Se o sucesso das Danças Húngaras foi imediato, o mesmo não se pode dizer de Carmen, do francês Georges Bizet. Apesar de hoje figurar entre as óperas mais amadas do repertório, a composição enfrentou uma recepção inicial fria em sua estreia, em 1875. O autor, que faleceria apenas três meses após a estreia, não chegou a testemunhar a popularidade de sua obra-prima. O triunfo tardio motivou Ernest Guiraud, amigo de Bizet, a compilar trechos da ópera e organizá-los em suítes orquestrais, permitindo que a música fosse apreciada para além do palco operístico, em concertos sinfônicos. Da Suíte nº 1, serão ouvidos quatro movimentos: o dramático Prelúdio, que abre a ópera; a vibrante dança Aragonês; a melancólica Os Dragões d’Alcala; e a majestosa marcha Os Toreadores. Já da Suíte nº 2, serão apresentados dois movimentos: a sensual Habanera e A Guarda Ascendente, uma marcha alegre e enérgica.

O programa se encaminha para o fim com três obras divertidas. A Dança Sinfônica, Op. 64, nº 1, de Edvard Grieg, empolga com seu caráter animado e evoca o vigoroso “Halling”, uma dança tradicional norueguesa caracterizada por saltos, chutes e acrobacias. A Polca Op. 271, de Josef Strauss, intitulada “Sem ter que se preocupar”, começa com vigorosos acordes em tutti e é marcada por uma atmosfera otimista e por vezes travessa. O concerto se encerra com a Marcha Radetzky, que, ao lado de O Danúbio Azul, é um dos maiores sucessos de Johann Strauss. Mais divertida do que propriamente marcial, a peça foi apresentada pela primeira vez para oficiais austríacos, que logo começaram a bater palmas e pés no ritmo da música – uma tradição que ainda acontece em Viena.


OSB Jovem

Anderson Alves, regente

Johannes Brahms
Dança Húngara nº 1
Dança Húngara nº 5

Georges Bizet
Suíte Carmen nº 1
– Prelúdio
– Aragonês
– Os Dragões d’Alcala
– Os Toreadores

Suíte Carmen nº 2
– Habanera
– A Guarda Ascendente

    Edvard Grieg
    Dança Sinfônica nº 1

    Josef Strauss
    Sem ter que se preocupar! – Polca Rápida, Op. 271

    Johann Strauss
    Marcha Radetzky


    Quando: 26 de setembro, quinta-feira, às 19h
    Onde: Teatro Odylo Costa, filho – UERJ (R. São Francisco Xavier, 524, Maracanã, Rio de Janeiro)
    Ingressos: entrada gratuita (mediante retirada prévia no site Sympla)


    Foto: Renato Mangolin.

    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *