Com programação diversa, o destaque do mês de novembro no Theatro Municipal de São Paulo é a estreia da ópera María de Buenos Aires, uma remontagem da obra de Astor Piazzolla, com libreto de Horacio Ferrer, que estreia na quinta-feira, dia 21, às 20h e estará em cartaz nos dias 22, 26, 27, 28 e 29, às 20h, e também nos dias 23 e 24, às 17h, na Sala de Espetáculos. A montagem tem concepção e direção geral de Kiko Goifman e direção cênica de Ronaldo Zero, direção musical de Roberto Minczuk, participação da Orquestra Sinfônica Municipal, do Coro Lírico Municipal, sob regência de Érica Hindrikson, e do Balé da Cidade de São Paulo, sob direção de Alejandro Ahmed. O elenco conta com as cantoras Catalina Cuervo e Luciana Bueno, o cantor Márcio Gomes, o narrador/duende Rodrigo Lopez e a bandoneonista Milagros Caliva.
María de Buenos Aires é uma ópera-tango, ou “operita”, como definiu seu compositor, Astor Piazzolla. Numa complexa e onírica mistura entre música e poesia, a ópera narra a trajetória de vida de María, uma prostituta do subúrbio de Buenos Aires. Piazzolla cria uma obra que mescla múltiplos estilos musicais, do tango ao jazz, para nos levar por essa jornada pela noite da capital argentina. Os ingressos variam de R$ 31 a R$ 200, a classificação é de 16 anos, e a duração é de 85 minutos, sem intervalo.
No mês de novembro, a programação começa no dia 03, domingo, às 17h, na Sala de Espetáculos, onde acontece a apresentação Traga-me a cabeça de Lima Barreto. No elenco e produção estão o ator Hilton Cobra, Luiz Marfuz na dramaturgia, Onisajé na direção, Lud Picosque-Corpo Rastreado na produção executiva, Felipe Magalhães na operação de luz e Duda Fonseca na operação de som e vídeo.
Escrita pelo diretor e dramaturgo Luiz Marfuz em 2017, especialmente para comemorar os 40 anos de carreira do ator Hilton Cobra, com direção de Onisajé (Fernanda Júlia), a peça mostra uma imaginária sessão de autópsia na cabeça do escritor Lima Barreto, conduzida por um Congresso de Eugenistas no Brasil do início do século XX. Os ingressos custam R$ 10, a classificação é de 12 anos, e a duração é de 60 minutos.
No dia, 07, quinta-feira, às 20h, na Sala do Conservatório da Praça das Artes, acontece a apresentação Grandes Quintetos – Elgar e Fauré do Quarteto de Cordas da Cidade, com a participação da pianista convidada Martina Graf. O repertório terá o Quinteto Op. 84, de Edward Elgar, e o Quinteto Op. 115, de Gabriel Fauré. Os ingressos custam R$ 33, a classificação é livre, e a duração é de 70 minutos, sem intervalo.
No dia 08, sexta-feira, às 18:30h, o Vão da Praça das Artes recebe o Samba de Sexta, com o grupo As Sambixas. A abertura fica por conta do DJ Fred Lima, que atua há mais de 20 anos na arte da discotecagem. O grupo traz a força, os corpos e as vozes LGBTQIAPN+ para clamar também esse espaço e mostrar o samba-resistência LGBT+, com o seu vasto repertório que passa por várias vertentes clássicas do samba, do samba dolente ao pagode dos anos 90. Os ingressos são gratuitos, a classificação, livre, e a duração é de 180 minutos.
Nos dias 08, sexta-feira, às 20h, e no sábado, dia 09, às 17h, na Sala de Espetáculos, a Orquestra Sinfônica Municipal apresenta Harmonias Intemporais, sob regência de Roberto Minczuk, e a participação da soprano Carla Filipcic. O repertório terá Misterioso, de Nymphaea Reflection, de Kaija Saariaho, Quatro canções para soprano e orquestra, de Alma Mahler, As Quatro Últimas Canções e Uma Vida de Herói, Op. 40, de Richard Strauss. Os ingressos variam de R$ 10 a R$ 66, a classificação é livre, e a duração, de 100 minutos, com intervalo.
Dia 09, sábado, às 17h, na Sala do Conservatório, apresenta-se a Camerata da Orquestra Experimental de Repertório, sob a regência de Leonardo Labrada e com participação da soprano Isabel Quintela. O repertório terá Areia II, de Alexandre Lunsqui, Melancólica, de Natan Janczak, Correnteza, de Leonardo Gorosito, Palavratrovão #2, de Rodolfo Valente, Trois poèmes de Mallarmé, de Maurice Ravel, e Terra Rasa, de Tiago Gati. Os ingressos são gratuitos, a classificação é livre, e a duração será de 50 minutos, sem intervalo.
No dia 13, quarta-feira, às 12:30h, o Coro Lírico Municipal, sob regência Érica Hindrikson, apresenta Vesperais Líricas – Vozes Masculinas no Saguão do Theatro Municipal, de São Paulo. Os solistas serão Luciano Silveira, tenor, Miguel Geraldi, tenor, Daniel Lee, barítono, e Jessé Vieira, barítono, todos acompanhados pelos pianistas Marcos Aragoni e Leandro Luiz Roverso. A entrada é gratuita, com classificação livre e duração de 45 minutos.
O repertório terá Viva, Viva, da ópera L’Italiana in Algeri, de Gioachino Rossini, o Coro dos soldados, da ópera Fausto, de Charles Gounod, a ária Che gelida manina, da ópera La Bohème, de Giacomo Puccini, o Coro dos servos, da ópera Don Pasquale, e a ária Una furtiva lagrima, da ópera L’Elisir d’Amore, ambas de Gaetano Donizetti, dentre outras obras.
Nos dias 15, 16 e 17, às 19h, acontece no Salão Nobre a apresentação Ópera Fora da Caixa – Blue Monday e Afluentes, uma ópera-jazz em um ato com libreto de Buddy DeSylva, com a participação do Coral Paulistano e do Balé da Cidade de São Paulo. Com Maíra Ferreira na direção musical, Fernanda Viana na direção cênica, Simone Minana na direção de arte, coreografia de Clarice Lima, figurinos de Rosângela Longhi, Piero Schlochauer como assistente de direção, visagismo de Roger Ferrari, Vitor Arantes no piano, Vanessa Ferreira no contrabaixo e Fernando Amaro na bateria.
O elenco terá Jean William como Joe, Indhyra Gonfio como Vi, Ademir Costa como Tom, Xavier Silva como Mike e Yuri Souza como Sam, além da mestra de cerimônia, Tania Viana. No coral, as sopranos Eliane Aquino, Larissa Lacerda, Narilane Camacho e Luciana Crepaldi, a contralto Tatiane Ferreira, e o baixo Jonas Mendes. No balé, Alyne Mach, Camila Ribeiro, Leonardo Hoehne Polato, Leonardo Silveira, Leonardo Muniz, Márcio Filho, Rebeca Ferreira, Uátila Coutinho, Victoria Oggiam, e a ensaiadora Roberta Botta.
O programa conta com prólogo, The negro speaks of rivers, de Margaret Bonds, Anything goes/Let’s Misbehave, arranjo de Juliana Ripke, de Cole Porter, It ain’t necessarily so, da ópera Porgy and Bess, de George Gershwin, Sometimes I feel like a Motherless Child, arranjo H. T. Burleigh, de Siritual e Blue Monday, ópera-jazz em um ato com libreto de Buddy DeSylva, de George Gershwin. Os ingressos variam de R$ 25 a R$ 50, a classificação é de 16 anos, e a duração é de 50 minutos, sem intervalo.
Do dia 15 ao dia 20 de novembro, acontece Feminino Informe: Bondages (versão trio), interpretado pelo núcleo Marta Soares e Cia. A apresentação ocorre na Cúpula do Theatro Municipal de São Paulo, às 20h em todas as datas, exceto no dia 17, domingo, quando será às 19h. Concebido e dirigido por Marta Soares, Bondages versão grupo será um desdobramento no formato trio da versão solo da encenação de mesmo nome. E, como este último, também terá como ponto de partida a série fotográfica Amarrações, desenvolvida pelo fotógrafo surrealista alemão Hans Bellmer nos anos 50. Com o objetivo de desfetichizar o ato, os atores exploram amarrações com fios de nylon em seus próprio corpo, em cima de uma plataforma. Os ingressos custam R$ 33, a classificação é de 18 anos, e duração, de 60 minutos, sem intervalo.
O núcleo Marta Soares e Cia. atua na cidade de São Paulo desde 1995 e vem realizando pesquisas de vanguarda em dança. As questões relacionadas ao feminino são abordadas na obra de Marta Soares, a partir da fricção e do embate entre as esferas micro e macropolíticas – as quais são investigadas a partir das suas vivências como mulher, brasileira, artista da dança, de meia idade, ou seja, através de conteúdos históricos e biográficos atualizados ao momento presente.
No dia 21, quinta-feira, às 20h, na Sala do Conservatório, o Quarteto de Cordas da Cidade apresenta Fulgurâncias Românticas. Com Betina Stegmann e Nelson Rios nos violinos, Marcelo Jaffé na viola e Rafael Cesario no violoncelo. O repertório terá o Quarteto Op. 12, de Felix Mendelssohn, e o Quarteto em Ré menor, A Morte e a Donzela, de Franz Schubert. Os ingressos custam R$ 33, a classificação é livre, e a duração é de 70 minutos, sem intervalo.
Do dia 22 ao dia 27 de novembro, Mar Aberto será apresentado na Cúpula do Theatro. Nos dias 22, 23, 25, 26 e 27, a apresentação acontece às 20h, enquanto no dia 24, domingo, será às 18h. Baseado na obra Mar Aberto, de Claudia Barral, com colaboração de Paula Picarelli, o texto é de Beatriz Barros e Giovana Eche, com concepção e direção de Beatriz Barros, Tricka Carvalho como assistente de direção, Giovana Eche, Domenica Ayomi e Carolina Manica no elenco, Maira Sciuto com cenografia e figurinos, Ana Luiza Secco como assistente de cenografia, Dj Akkin com direção e concepção musical, Ligia Chaim com desenho de luz, Roseli Martinelli como assistente de luz, Beatriz Barros, Domenica Ayomi, Paula Picarelli, Giovana Eche na colaboração de dramaturgia, Giovana Eche na idealização, Cris Casagrande com produção executiva e geral, e Samila Zambetti como assistente de produção. Os ingressos são gratuitos (com retirada online no site 48h antes de cada apresentação, ou presencialmente na bilheteria 2h antes). A classificação é de 16 anos, e a duração, de 90 minutos.
No dia 24, domingo, às 11h, na Sala do Conservatório, Choros, Valsas e outros lirismos brasileiros, com Heloísa Fernandes, piano e arranjos, e Toninho Carrasqueira, flauta e arranjos. Neste espetáculo, além de composições próprias, Heloísa Fernandes e Toninho Carrasqueira apresentam leituras inéditas da música de Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, Moacir Santos, Dominguinhos, entre outros grandes nomes da música brasileira. As músicas são sempre entremeadas de histórias e “causos” sobre os seus compositores, além de outras curiosidades da época com a proposta de sensibilizar o público através das composições de alguns dos nossos mais inspirados e criativos mestres.
O repertório terá Rosa, de Pixinguinha, Querida por Todos, de Joaquim Callado, Sonhando, de Chiquinha Gonzaga, Desprezado, de Pixinguinha, entre outras composições dos mestres. Os ingressos são gratuitos, a classificação é livre, e a duração é de 80 minutos, sem intervalo.
Foto principal: Rafael Salvador (na foto, o Coro Lírico Municipal).