Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro recebe o violista Gabriel Marin

A Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro (OSJRJ), orquestra residente da PUC-Rio, subirá ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro no dia 11 de junho, às 19h, para mais um concerto da Temporada 2025. A regência será do consagrado maestro Cláudio Cruz, e o solista da noite será o violista Gabriel Marin, um dos mais destacados nomes da viola no Brasil.

No programa, destacam-se o Concerto para Viola, Sz. 120, de Béla Bartók, uma das obras-primas tardias do compositor húngaro e de extrema dificuldade de execução, que contará com o solo de Marin. Além do icônico Prelúdio da ópera Tristão e Isolda, de Richard Wagner, uma das obras mais executadas de todos os tempos.

“Será uma noite memorável, repleta de grandes obras. Gabriel Marin é, hoje, um dos mais importantes violistas do país e vai impressionar o público com este solo, que é extremamente complexo. Todas as composições trazem um grande desafio, tanto de interpretação, quanto de execução, mostrando o quanto a Orquestra está afiada, com um repertório profissional, e vem mostrando, cada vez mais, a sua técnica”, afirma Fiorella Solares, diretora da OSJRJ e do projeto ASMB.

A Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro, que acaba de completar 11 anos, é composta por 55 jovens músicos entre 18 e 28 anos, majoritariamente oriundos de comunidades do Rio de Janeiro. O grupo é fruto do projeto Ação Social pela Música do Brasil (ASMB), que oferece formação musical de excelência a crianças e jovens em situação de vulnerabilidade. Alguns dos jovens talentosos que compõem o grupo já se apresentaram em concertos na Alemanha, Holanda, Suíça e nos Estados Unidos.

Artistas convidados

O maestro Cláudio Cruz é um dos músicos mais respeitados do cenário brasileiro, com carreira que abrange desde a atuação como spalla da Osesp (de 1990 a 2014) até como regente à frente de orquestras de prestígio internacional como a Sinfonia Varsovia (Polônia), Northern Sinfonia (Reino Unido), New Japan Philharmonic e Jerusalem Symphony Orchestra. Premiado com Grammy, APCA, Bravo! e Carlos Gomes, Cláudio Cruz une rigor técnico e sensibilidade artística em interpretações de rara profundidade. Desde 2016, também lidera a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo.

Já o violista Gabriel Marin, formado pelo Conservatório de Tatuí, é uma das jovens revelações da música clássica brasileira. Tem se apresentado com importantes orquestras, como a Osesp, a Orquestra do Teatro Nacional de Brasília e a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo. Sua atuação como camerista e solista o levou a gravar, em 2022, um álbum em parceria com Cláudio Cruz, consolidando uma colaboração artística de destaque no cenário nacional.

Um programa que conecta emoção, virtuosismo e grandiosidade

A curadoria do programa costura obras de três compositores que, cada um a seu modo, transformaram a linguagem musical do seu tempo. A abertura se dá com o Adágio para Cordas, de Samuel Barber, uma das peças mais emblemáticas do século XX. Com sua carga emocional profunda e atmosfera meditativa, a obra tornou-se símbolo de luto e reflexão, frequentemente executada em momentos de solenidade ao redor do mundo.

Em seguida, o jovem violista Gabriel Marin interpreta o Concerto para Viola, Sz. 120, de Béla Bartók, uma das obras-primas tardias do compositor húngaro. Inacabada à sua morte e completada por Tibor Serly, a peça destaca a riqueza expressiva da viola — instrumento central da noite — e une a força rítmica do folclore do Leste Europeu à densidade harmônica do Modernismo.

Após o intervalo, a orquestra mergulha no universo grandioso e dramático de Richard Wagner, com a execução de quatro de suas mais célebres aberturas e prelúdios: Os Mestres Cantores de Nuremberg, Rienzi, Tristão e Isolda e o Prelúdio do Ato III de Lohengrin. Esses trechos, embora operísticos por origem, têm autonomia como peças sinfônicas, e exibem a capacidade de Wagner de criar vastas paisagens sonoras carregadas de tensão, lirismo e esplendor.


Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro (OSJRJ)

Cláudio Cruz, regência
Gabriel Marin, viola

Samuel Barber
Adágio para Cordas

Béla Bartók
Concerto para Viola, Sz. 120, BB 128

INTERVALO

Richard Wagner
Os Mestres Cantores de Nuremberg – Abertura
Rienzi – Abertura
Tristão e Isolda – Prelúdio
Lohengrin – Prelúdio do 3º Ato


Quando: 11 de junho de 2025, quarta-feira, às 19h
Onde: Theatro Municipal do Rio de Janeiro (Praça Floriano, s/n, Centro)
Ingressos: Plateia e Balcão Nobre > R$ 40,00 e R$ 20,00 (meia) / Balcão Superior > R$ 30,00 e R$15,00 (meia) / Galeria > R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia)


Foto: Daniel Ebendinger.

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