OSB apresenta programa barroco na Cidade das Artes

Sob regência do maestro convidado Luís Otávio Santos, a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) sobe ao palco do Teatro de Câmara, da Cidade das Artes, nos dias 18 e 19 de novembro, com um programa que destaca a produção da família Bach. Serão ouvidas obras de Johann Sebastian, de Carl Philipp e de Johann Christian. A spalla da OSB, Gabriela Queiroz, será a solista na ocasião. No domingo, a apresentação será no formato Concertos para Juventude – apresentações comentadas com cunho didático.

A calorosa Sinfonia da Cantata BWV 42, de Johann Sebastian Bach (1685–1750), abre o programa. Reminiscente dos concertos de Brandemburgo, a peça foi escrita com finalidade litúrgica, em celebração do primeiro domingo após a Páscoa, e revela a majestosa sofisticação técnica do compositor alemão. Um diálogo luminoso entre madeiras e cordas toma alento na abertura, que conta ainda com uma comovente seção central, na qual o oboé e o fagote introduzem um motivo plangente, cantabile. O clima geral, porém, é de alegria.

Em seguida, Gabriela Queiroz assume os solos do Concerto para Violino em Mi Maior, também de J. S. Bach. Esplendorosa e cheia de vida, a obra começa com três acordes incisivos que estabelecem de imediato a atmosfera da composição.

Segundo filho de J. S. Bach, Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788) foi um prolífico e influente compositor. “Bach é o pai. Nós somos os filhos!”, disse Mozart a respeito de Carl Phillipp, que também era admirado por Haydn e Beethoven. De sua ampla produção, que engloba desde música para teclas até a música sinfônica, a OSB apresenta a apaixonada Sinfonia em Ré Maior, a primeira de 18 obras do gênero que ele escreveu. Nela, a força expressiva é garantida sobretudo pelo uso de elementos contrastantes: texturas homofônicas e polifônicas se justapõem ao longo de uma sofisticada trama de desenvolvimento temático.

O programa chega ao fim com a Sinfonia em Mi Bemol Maior de Johann Christian Bach (1735–1782), o mais novo dos filhos de Johann Sebastian. Como seu irmão, Christian foi um compositor respeitado, sobretudo em Milão e na Inglaterra, onde fixou residência e se converteu ao catolicismo. Sua Sinfonia Op. 9 Nº 2 tem gozado de grande popularidade desde a sua primeira publicação, em 1773, e impressiona pela esmerada construção.

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PROGRAMA – 18/11

Johann Sebastian Bach
Cantata BWV 42 | Abertura
Concerto para Violino em Mi Maior

Carl Philipp Emanuel Bach
Sinfonia em Ré Maior

Johann Christian Bach
Sinfonia em Mi Bemol Maior

PROGRAMA 19/11 (Concertos para a Juventude)

Johann Sebastian Bach
Cantata BWV 42 | Abertura
Concerto para Violino em Mi Maior

Carl Philipp Emanuel Bach
Sinfonia em Ré Maior (Allegro di molto)

Johann Christian Bach
Sinfonia em Mi Bemol Maior (Allegro)

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SERVIÇO

Orquestra Sinfônica Brasileira

Luis Otávio Santos, regência
Gabriela Queiroz, violino

Quando: 18 e 19 de novembro, sábado e domingo, respectivamente às 19h e às 11h
Onde: Cidade das Artes – Teatro de Câmara (Av. das Américas, nº 5.300. Barra da Tijuca, RJ)
Ingressos: dia 18 > R$ 40,00 (meia R$ 20,00) / dia 19 (Concertos para a Juventude) > R$ 10,00 (meia R$ 5,00) / Ingressos à venda na bilheteria da Cidade das Artes e no site Sympla

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Foto: Andrea Nestrea.

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