Desde 21 de novembro, o público pode conhecer a fundo a história de uma das mais longevas orquestras do Brasil. A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), fundação vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac-RS), concretiza um antigo sonho: o Memorial da OSPA. O espaço traz à luz o rico acervo acumulado pela Orquestra ao longo de seus 73 anos de história, agregando mais um atrativo à Casa da OSPA, que já conta com uma Sala Sinfônica e uma Sala de Recitais com intensa programação cultural. A visitação pode ser realizada sempre de terça a sexta-feira, das 12h às 17h, e nos dias de concerto, das 12h até o fim da apresentação. A entrada é gratuita.
No espaço, o público poderá percorrer a história da OSPA, a mais longeva Orquestra brasileira em atividades ininterruptas. Dentre milhares de itens documentando mais de 3 mil concertos, há curiosidades como os registros da encenação da ópera Aida, que levou animais de um circo para o Araújo Vianna, em 1965, ou do espetáculo realizado nas ruínas jesuíticas de São Miguel das Missões junto ao tenor José Carreras. O presidente da OSPA, Gilberto Schwartsmann, reforça que o Memorial da OSPA disponibilizará “às gerações futuras os elementos fundamentais para que elas possam compreender as origens, vocações e missão institucional” da Orquestra.
O Memorial da OSPA é resultado de um trabalho de pesquisa que começou há mais de três anos, capitaneado pelo curador Paulo Amaral, com pesquisa de José Francisco Alves e Dorvalina Gomes. Essa equipe dedicou-se a catalogar e organizar o acervo da Orquestra desde 1950, seu ano de fundação, até hoje. Foram reunidos programas de concertos, cartas, documentos, contratos, registros de viagens, figurinos das óperas, partituras, desenhos de cenário para óperas.
“O objetivo deste memorial é possibilitar o conhecimento da orquestra e também a própria pesquisa documental. Mostrar que isso tudo não nasceu hoje, mas foi construído ao longo de 73 anos. A OSPA enfrentou grandes dificuldades e atualmente é uma orquestra de excelência”, comenta Paulo Amaral, ex-diretor do Margs e frequentador da OSPA desde criança.
O Memorial ganhou forma com o design expositivo de Ceres Storchi e Emily Borghetti, que organizaram o espaço em uma vitrine dedicada ao maestro Pablo Komlós, fundador da OSPA, uma extensa linha do tempo dos anos 1950 até 2023, um diorama que mostra a estrutura de uma orquestra, uma mesa interativa com artigos digitalizados do acervo e armários com documentos históricos originais.
Exposição de figurinos de ópera
A equipe de produção artística da Fundação OSPA preparou uma exposição especial para marcar a abertura do Memorial da OSPA. Intitulada Tecendo Histórias, a mostra tem curadoria de Brenda Knevitz e Letícia Battassini e expografia de Daniel Lion. É composta por oito figurinos de óperas realizadas pela OSPA nos últimos anos, incluindo vestidos, saias e smokings garimpados do acervo da fundação. Os itens foram vestidos por protagonistas, coadjuvantes e coralistas dos espetáculos Orfeu e Eurídice (2019), O Acordo Perfeito (2021), A Viúva Alegre (2022), O Morcego (2022) e Os Bacharéis (2023). Fica em cartaz até 09 de dezembro.
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SERVIÇO
Memorial da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre
Onde: Casa da OSPA (CAFF – Av. Borges de Medeiros, 1.501, Porto Alegre-RS)
Visitação: de terça a sexta-feira, das 12h às 17h, e nos dias de concerto, das 12h até o fim da apresentação
Entrada: gratuita
Visitas guiadas para escolas: até 08 de dezembro de 2023, de terça à sexta-feira, às 10h, às 14h ou às 16h, mediante agendamento pelo e-mail atendimento.ospa@gmail.com
Estacionamento: gratuito, no local
Classificação indicativa: livre
Exposição Tecendo Histórias
Onde: saguão da Casa da OSPA (CAFF – Av. Borges de Medeiros, 1.501, Porto Alegre-RS)
Visitação: de segunda a sexta-feira, das 08:30h às 18h, e nos dias de concerto, das 12h até o fim da apresentação / Em cartaz até 09 de dezembro
Entrada: gratuita
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Foto: divulgação (Memorial da OSPA).
Notas dos editores.
