Evento, que projeta espetáculos inéditos da mais recente temporada lírica internacional a preços populares no Parque Lage, reforça compromisso com a democratização da ópera e oferece experiência única ao longo de dez dias.
O Festival Ópera na Tela nasceu com a proposta de democratizar o acesso à ópera e tornar o gênero mais popular por meio de um evento marcado pela informalidade e por uma programação de excelência. Ao longo de dez dias, uma tenda para 500 pessoas é armada nos jardins do Parque Lage, onde o público terá a experiência de ver espetáculos encenados nas mais prestigiosas casas de ópera do mundo, projetados em um imenso telão. Ao abrir mão da formalidade dos teatros, o Ópera na Tela deixa a plateia livre e à vontade para este momento de contemplação.
As mais de 20 mil pessoas que lotaram as edições passadas atestam que a ideia deu mais do que certo, e o Ópera na Tela retorna para o seu sétimo ano com uma série de novidades. Entre os dias 16 e 24 de setembro, os cariocas poderão assistir a títulos clássicos, como Carmen, Rigoletto e Madama Butterfly, em novas versões, com alta qualidade de imagem e som, além de um serviço de bar e restaurante que funciona durante toda a noite.
Todas as produções têm legendas em português e cada sessão terá uma apresentação inicial, que explicará a obra em questão. Na sequência do Festival, todos os filmes são programados para cinemas brasileiros durante o período de um ano, garantindo ainda mais acessibilidade para o gênero: “Nosso objetivo é mesmo democratizar a ópera através do audiovisual e proporcionar uma experiência única, uma vivência que somente no ‘Ópera na Tela’ esse espectador vai ter”, celebram Emmanuelle e Christian Boudier, da Bonfilm, idealizadores e produtores do Festival.
As atividades formativas do projeto são compostas por ações realizadas em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura, incluindo três palestras do professor e musicólogo Rodolfo Valverde, na Casa de Cultura Laura Alvim, uma Masterclass de canto lírico gratuita com Raphaël Sikorski, renomado técnico vocal francês, responsável pelo treinamento dos principais nomes da ópera da atualidade, além de duas sessões especiais de iniciação à ópera para crianças no cinema Estação Net Rio.
O 7º Ópera na Tela terá em sua programação a estreia de um filme de ficção pela primeira vez. Trata-se de Il Boemo, cinebiografia de Josef Mysliveček, apelidado de “Il Boemo”, um compositor tcheco genial e esquecido, muito admirado por Mozart. O longa, dirigido por Petr Vaclav, aclamado pela crítica e sucesso de público na Franca, fará a sua pré-estreia no Brasil no final de semana de abertura do Festival, com a presença do diretor.
A artista convidada pelo festival este ano é a cantora lírica Eléonore Pancrazi. Com apenas 29 anos e formada pela École Normale de Musique de Paris, ela já acumula diversos prêmios de prestígio, incluindo o troféu de revelação lírica nas Victoires de la Musique Classique, na categoria “Artista Lírica”. Pancrazi será a atração de abertura do Festival, com um recital ao vivo no Parque Lage, no dia 16 de setembro.
Durante toda a programação, o Ópera na Tela contará com serviço de bar, com drinks e um cardápio exclusivo composto de comidinhas e sopas assinadas pelo chef francês Frédéric Monnier.
O Festival tem patrocínio master do Crédit Agricole e Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, Prefeitura do Rio e Secretaria Municipal de Cultura.
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PROGRAMAÇÃO
- 16 de setembro, sábado – Recital de Eléonore Pancrazi (1h), seguido de Madama Butterfly
- 17 de setembro, domingo – Il Boemo (filme)
- 18 de setembro, segunda – Il Trittico
- 19 de setembro, terça – Das Rheingold
- 20 de setembro, quarta – Hamlet
- 21 de setembro, quinta – Carmen
- 22 de setembro, sexta – La Vie Parisienne
- 23 de setembro, sábado – Três balés de Maurice Béjart, seguidos de Roméo et Juliette
- 24 de setembro, domingo – Rigoletto
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FICHAS TÉCNICAS
Madama Butterfly, de Giacomo Puccini
Ópera em três atos, criada em 1904 no Teatro alla Scala, de Milão
Cantada em italiano
Filmada no Festival de Bregenz
Duração: 2:07h
Libreto: Luigi Illica e Giuseppe Giacosa
Regência: Enrique Mazzola
Encenação: Andreas Homoki
Orquestra: Wiener Sinfoniker
Coro: Bregenzer Festspielchor
Elenco: Barno Ismatullaeva (Cio-Cio San), Annalisa Stroppa (Suzuki), Edgaras Montvidas (B.F. Pinkerton), Brian Mulligan (Sharpless) , Taylan Reinhard (Goro) , Hamida Kristoffersen (Kate Pinkerton)
Sinopse: Cio-Cio-San, uma gueixa de quinze anos, casa-se de um dia para outro com o militar americano B.F. Pinkerton, um tenente da Marinha enviado temporariamente ao Japão. Esse casamento é levado muito a sério pela jovem japonesa, que nega a sua família e a sua religião, mas é apenas um simples entretenimento exótico para Pinkerton, que desaparece por três anos, enquanto ela espera um filho dele.
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Il Trittico, de Giacomo Puccini
O Tríptico é um ciclo de três óperas em um ato cada, criadas em 1918, intituladas II Tabarro, Suor Angelica e Gianni Schicchi
Cantadas em italiano
Filmada no Festival de Salzburgo
Duração: 3h
Regência: Franz Welser Möst
Encenação: Christof Loy
Orquestra: Filarmônica de Viena
- Gianni Schicchi
Libreto: Giovacchino Forzano, com base em um trecho de A Divina Comédia, de Dante Aliguieri (1321)
Elenco: Misha Kiria (Gianni Schicchi), Asmik Grigorian (Lauretta), Enkelejda Shkoza (Zita), Alexey Neklyudov (Rinuccio)
Sinopse: em uma comédia deliciosa, Gianni Schicchi, cidadão de Florença, falsifica o testamento de Buoso Donati a pedido dos parentes do falecido, mas acaba deixando a maior parte dos bens para a família Schicchi.
- Il Tabarro
Libreto: Giuseppe Adami, com base na peça La Houppelande, de Didier Gold
Elenco: Roman Burdenko (Michele), Asmik Grigorian (Giorgetta), Joshua Guerrero (Luigi)
Sinopse: a história da paixão adúltera de Giorgetta, esposa de Michele, por Luigi, um estivador.
- Suor Angelica
Libreto: Giovacchino Forzano
Elenco: Asmik Grigorian (Suor Angelica), Karita Mattila (A Tia Princesa), Hanna Schwarz (A Abadessa)
Sinopse: o drama de uma jovem da aristocracia que é banida pela família e encerrada em um convento para expiar um filho fora do matrimônio.
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Das Rheingold (O Ouro do Reno), de Richard Wagner
Prólogo da tetralogia “O Anel do Nibelungo”, criada em 1876
Cantada em alemão
Filmada na Ópera de Berlim
Duração: 2:35h
Libreto: Richard Wagner
Regência: Christian Thielemann
Encenação: Dmitri Tcherniakov
Orquestra: Staatskapelle de Berlim
Elenco: Michael Volle (Wotan), Lauri Vasar (Gunther), Siyabonga Maqungo (Froh), Rolando Villazón (Loge), Johannes Martin Kränzle (Alberich), Andreas Schager (Siegfried), Mika Kares (Hagen), Anja Kampe (Brünnhilde), Mandy Fredrich (Gutrune), Violeta Urmana (Waltraute)
Sinopse: o centro da história é o anel mágico forjado pelo anão Alberich a partir do ouro roubado do rio Reno quando as donzelas do Reno se distraíram. Diversas personagens míticas lutam pela posse do objeto, incluindo Wotan, o chefe dos deuses.
Obs: ‘Das Rheingold’ será projetada ao ar livre no Parque Lage, e as três outras óperas que compõem a tetralogia (‘A Valquíria’, ‘Siegfried’ e ‘O Crepúsculo dos Deuses’) serão programadas nos cinemas.
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Hamlet, de Ambroise Thomas
Ópera em cinco atos, criada em 1868
Cantada em francês
Filmada na Ópera de Paris
Duração: 3:45h
Libreto: Michel Carré e Jules Barbier, com base no drama de Shakespeare
Regência: Pierre Dumoussaud
Encenação: Krzysztof Warlikowski
Elenco: Ludovic Tézier (Hamlet), Lisette Oropesa (Ophélie), Eve Maud Hubeaux (Gertrude), Jean Teitgen (Claudius)
Sinopse: para se tornar rei da Dinamarca, Claudius matou o seu próprio irmão e se casou com sua viúva, Gertrude. Hamlet, filho do rei assassinado, ama Ofélia, filha do camareiro Polonius, mas deve realizar a vingança que o espectro de seu pai exige dele.
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Carmen, de Georges Bizet
Ópera em quatro atos, criada em 1875
Cantada em francês
Filmada na Arena de Verona
Duração: 2:50h
Libreto: Henri Meilhac e Ludovic Halévy, com base em uma novela de Prosper Mérimée
Regência: Marco Armiliato
Encenação: Franco Zeffirelli
Orquestra e Coro: Fondazione Arena di Verona
Bailarinos: Arena Dance Corps e Companhia Antonio Gades (Stella Arauzo)
Elenco: Elīna Garanča (Carmen), Brian Jadge (Don José), Maria Teresa Leva (Micaëla), Claudio Sgura (Escamilo)
Sinopse: em Sevilha, a sedutora Carmen afasta o soldado Don José de sua noiva, Micaela, dando início a uma trágica trama de amor.
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La Vie Parisienne (A Vida Parisiense), de Jacques Offenbach
Ópera–bufa em cinco atos, criada em 1866 (versão original, apresentada pela primeira vez no palco)
Cantanda em francês
Filmada no Théâtre des Champs Elysées, de Paris
Duração: 3:18h
Libreto: Henri Meilhac e Ludovic Halévy
Regência: Romain Dumas
Encenação: Christian Lacroix
Orquestra: Les Musiciens du Louvre, em parceria com a Jeune Orchestre Atlantique
Coro: Câmara de Namur
Elenco: Jodie Devos (Gabrielle), Rodolphe Brillant (Gardefeu), Marc Mauillon (Bobinet), Aude Estrémo (Métella), Frank Leguérinel (Baron de Gondremark)
Sinopse: Bobinet e Gardefeu, jovens dândis ociosos, lamentam a traição de Metella, uma «demi mondaine» (mulher mantida por homens ricos) por quem ambos estão apaixonados. Para se vingar, eles se unem e decidem conquistar “as mulheres do mundo“.
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Roméo et Juliette (Romeu e Julieta), de Charles-François Gounod
Ópera em cinco atos, criada em 1867
Cantada em francês
Filmada na Ópera de Paris/Bastille
Duração: 2:30h
Libreto: Jules Barbier e Michel Carré, com base no drama de Shakespeare
Regência: Carlo Rizzi
Encenação: Thomas Jolly
Orquestra: Opera de Paris
Elenco: Elsa Dreisig (Juliette), Benjamin Bernheim (Roméo), Jean Teitgen (Frère Laurent), Lea Desandre (Stefano)
Sinopse: uma jovem Capuleto, Juliette, de quatorze anos, e um jovem Montecchio, Roméo, um pouco mais velho, se encontram por acaso e se apaixonam. As suas respectivas famílias, no entanto, se detestam, e Juliette está prometida a outro homem. Os amantes lutam contra o ódio de seus clãs.
Leia o texto de Fabiana Crepaldi sobre essa produção.
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Três Balés de Maurice Béjart
(O Pássaro de Fogo, com música de Igor Stravinsky; Canções de um Companheiro Errante, com música de Gustav Mahler; e Bolero, com música de Maurice Ravel)
Duração: 1h
Elenco: solistas e corpo de baile do Ballet da Ópera de Paris
Neste programa, dedicado ao coreógrafo Maurice Béjart, falecido em 2007, a Ópera de Paris apresenta três obras realizadas na década de 1970 que brilham ainda hoje com a mesma intensidade coreográfica e musical:
O Pássaro de Fogo é uma ode à juventude em uma poderosa partitura de Stravinsky. Escrita para dois bailarinos, Canções de um Companheiro Errante é uma obra íntima criada sobre um ciclo de lieder de Mahler. Por fim, o mítico Bolero, a obra mais famosa de Ravel, coloca no palco cerca de vinte bailarinos em volta da primeira-bailarina Amandine Albisson.
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Rigoletto, de Giuseppe Verdi
Ópera em três atos, criada em 1851
Cantada em Italiano
Filmada no Teatro alla Scala, de Milão
Duração: 2:10h
Libreto: Francesco Maria Piave, com base em Le Roi s’Amuse, de Victor Hugo
Regência: Michele Gamba
Encenação: Mario Martone
Orquestra e Coro: Teatro alla Scala, de Milão
Elenco: Amartuvshin Enkhbat (Rigoletto), Nadine Sierra (Gilda), Piero Pretti (Duque de Mântua), Fabrizzio Breggi (Monterone), Gianluca Buratto (Sparafucile), Marina Viotti (Madalena)
Sinopse: os cortesãos do Duque de Mântua suspeitam que Rigoletto, o bobo da corte, possui uma jovem amante. Trata-se, na verdade, de sua filha, Gilda, que está apaixonada pelo frívolo Duque. Ela é sequestrada, e Rigoletto tenta se vingar.
Leia o texto de Fabiana Crepaldi sobre essa produção.
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SERVIÇO
Festival Ópera na Tela
De 16 a 24 de setembro, sempre às 19h
Onde: Parque Lage (Rua Jardim Botânico, 414, Jardim Botânico, Rio de Janeiro)
Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia) / já à venda no site www.operanatela.com / no local (Tenda do Festival – Parque Lage), todas as noites a partir de uma hora antes de o filme começar
Classificação indicativa: 14 anos
Informações: operanatela@bonfilm.com.br
Palestras
Quando: 18, 20 e 22 de setembro, de 11h à 13h
Onde: Casa de Cultura Laura Alvim (Av. Vieira Souto, 176, Ipanema, Rio de Janeiro)
Entrada franca
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Foto principal: divulgação.
Notas dos editores.
