Sinfônica Jovem do RJ apresenta trechos de óperas

A Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro (OSJRJ), orquestra residente da PUC-Rio, apresentará a sua segunda Gala de Ópera nesta quarta-feira, 15 de maio, às 19h, na Sala Cecília Meireles. Sob a regência de Thiago Santos, a Orquestra vai apresentar um grande leque de compositores operísticos, com um programa que abrange obras de Rossini, Gounod, Bizet, Offenbach, Mascagni, Puccini, Strauss II, Lehár e Verdi. A interpretação do repertório contará também com a participação de renomados solistas: Flavia Fernandes (soprano), Carla Rizzi (mezzosoprano), Eric Herrero (tenor) e Licio Bruno (baixo-barítono). A apresentação faz parte de uma extensa agenda de concertos que acontecerá ao longo do ano celebrando os 10 anos da OSJRJ, orquestra residente da PUC-Rio.

A Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro (OSJRJ), fruto do programa Ação Social pela Música do Brasil (ASMB), da qual é indissociável, é composta por 55 jovens de grande talento e dedicação, com idades entre 18 e 28 anos, e, em sua grande maioria, residentes em comunidades socioeconomicamente desfavorecidas do Rio de Janeiro. A OSJRJ, que também possui alguns músicos convidados, tem realizado apresentações no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na Cidade das Artes, na Sala Cecília Meireles, em escolas e universidades, executando amplo repertório. Alguns desses jovens talentosos, inclusive, já se apresentaram em concertos na Alemanha, Holanda, Suíça e nos Estados Unidos.

Regente e solistas

A noite de gala será comandada pelo regente Thiago Santos, que tem sido apontado como um dos mais promissores jovens regentes brasileiros da atualidade. Tem dirigido diversas orquestras pelo país, dentre elas: a Petrobrás Sinfônica, Sinfônica Nacional-UFF, Sinfônica da UFRJ, Sinfônica de Sergipe e Sinfônica de Porto Alegre. Foi regente titular da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Paraíba (2017-2019). Também trabalhou com a Filarmônica de Minas Gerais, Sinfônica Jovem de Goiás e Sinfônica de São José dos Campos.

A soprano carioca Flavia Fernandes é reconhecida pela beleza e refinamento de seu timbre, tendo passado pelas principais salas de concerto do Brasil, interpretando grandes papéis, como o de Margherite (Faust, de Gounod), Micaela (Carmen, de Bizet), Liù (Turandot, de Puccini), Polly Peachum (The Threepenny Opera, de Kurt Weill), Marzelinne (Fidelio, de Beethoven), entre outros. Participou como solista da gravação em CD da Missa de Santo Inácio, de Domenico Zipoli, e da obra Três Salmos (Pe. José Maurício), ao lado da Orquestra Unisinos, sob a regência do maestro Roberto Duarte. Gravou com a Orquestra Filarmônica de Goiás a obra Canticum Naturale, de Edino Krieger, para o selo Naxos, sob a regência do maestro Neil Thomson.

Já a mezzosoprano Carla Rizzi é uma artista versátil que usa a sua voz para interpretar com notável naturalidade um repertório eclético. Graduada em canto lírico pelo Conservatório Brasileiro de Música, com especialização na Accademia Musicale Chigiana, em Siena, Itália, Carla cantou na ópera Rigoletto – premiada produção de Jorge Takla, sob a regência do maestro Roberto Minczuk, no teatro Municipal de São Paulo. Esteve na ópera cômica O Grande Governador da Ilha dos Lagartos, em Ouro Preto, sob a regência do maestro Rodrigo Toffolo e na obra-prima de Gustav Mahler, Das Lied von der Erde, com a Orquestra Sinfônica de Santos sob a direção musical do maestro Luis Gustavo Petri.

Um dos mais importantes cantores líricos de sua geração, o tenor Eric Herrero tem como destaque os personagens Roberto (Le Villi, Puccini) e Calaf (Turandot, Puccini), no TMSP, Cavaradossi (Tosca, Puccini) e Don José (Carmen, Bizet) no TMRJ, dentre muitos outros. No Solís, de Montevidéu, estreou como Bacchus (Ariadne auf Naxos, Strauss). Participou da estreia europeia de Pedro Malazarte (Camargo Guarnieri) no Feldkirch Music Festival, Áustria. Na Buenos Aires Lírica, apresentou-se em quatro temporadas consecutivas, com destaque para a estreia naquele país da ópera Rusalka, de Dvorák. Com a Luxembourg Philharmonie participou de diversos concertos, entre eles, o Requiem de Verdi. Atuou em concertos na França, Itália e Hungria. Sua atuação profissional já lhe rendeu importantes títulos, como o de Embaixador do Turismo do Rio de Janeiro e Cidadão Honorário Carioca, pela Câmara de Vereadores da capital. Desde 2022, Herrero é o diretor artístico do TMRJ.

O time se completa com o baixo-barítono Lício Bruno, um dos mais completos artistas brasileiros – obteve, em 2004, o Prêmio Carlos Gomes, maior láurea do Canto Lírico nacional à época. Bacharel em Canto, é Mestre em Performance pela UNIRIO e cursa atualmente Doutorado em Música pela UFMG. Aperfeiçoou-se em Ópera e Repertório Sinfônico na Franz Liszt Academy of Music e na Ópera de Budapeste, Hungria, tornando-se membro da casa e artista convidado por oito anos consecutivos. Vencedor de 10 primeiros prêmios em concursos de canto nacionais e internacionais, possui mais de 80 papéis protagonistas realizados, em óperas de diferentes autores e estilos.


Gala de Ópera II

Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro

Thiago Santos, regência
Flavia Fernandes, soprano
Carla Rizzi, mezzosoprano
Eric Herrero, tenor
Licio Bruno, baixo-barítono

Gioachino Rossini
O Barbeiro de Sevilha
– Abertura
– Largo al factotum

Charles Gounod
Fausto
– Ária das joias

Georges Bizet
Carmen
– Habanera
– Intermezzo
– La fleur que tu m’avais jetée

Jacques Offenbach
Os Contos de Hoffmann
– Barcarolle: Belle nuit ô nuit d’amour

Pietro Mascagni
Cavalleria Rusticana
Intermezzo

Giacomo Puccini
Tosca
– E lucevan le stelle
La Bohème
– O Mimi, tu più non torni

Johann Strauss II
O Morcego
– Abertura

Franz Lehár
A Viúva Alegre
– Lippen Schweigen

Giuseppe Verdi
Nabucco
– Abertura
Rigoletto
– Bella figlia dell’amore


Quando: 15 de maio, quarta-feira, às 19h
Onde: SalaCecilia Meireles (Rua da Lapa, 47, Lapa, Rio de Janeiro)
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)


Foto: Daniel Ebendinger.