Theatro São Pedro-SP apresenta a “A Ópera dos Três Vinténs”

  • Publicação atualizada em 30/08 para a inclusão de fotos enviadas pela Assessoria de Imprensa do Theatro São Pedro.

No mês de setembro, o Theatro São Pedro, de São Paulo, gerido pela organização social Santa Marcelina Cultura, estreia A Ópera dos Três Vinténs, musical do compositor Kurt Weill (1900-1950), com libreto do dramaturgo Bertolt Brecht (1898-1956). Com estreia no dia 1° de setembro, a ópera fica em cartaz até o 11. Os ingressos custam entre R$ 80 (inteira) e R$ 15 (meia).

O espetáculo conta com a direção cênica de Alexandre Dal Farra e direção musical de Ira Levin, dupla que também dirigiu a montagem de Os Sete Pecados Capitais, de Weill e Brechtque o Theatro São Pedro apresentou em novembro de 2021. Stephanie Fretin assina a cenografia; Wagner Antonio, a iluminação; Awa Guimarães, o figurino; e Tiça Camargo, a maquiagem.

O elenco é formado por Rodrigo Esteves (Mac), Lina Mendes (Polly), Luisa Francesconi (Jenny), Homero Velho (Peachum), Juliana Taino (Ms. Peachum), Johnny França (Tiger Brown), Manuela Freua (Lucy) e Mauro Wrona (Street singer).

A obra

Rodrigo Esteves e Luisa Francesconi

Em 1927, Bertolt Brecht propôs a Kurt Weill escrever a música para o libreto de A Ópera dos Três Vinténs. Brecht baseou-se em uma tradução de Elisabeth Hauptmann, da Ópera do Mendigo, na qual John Gay havia feito um retrato satírico da classe dominante inglesa. O dramaturgo deslocou o eixo da peça original – uma sátira à aristocracia inglesa – para uma crítica à sociedade burguesa, tolerante à existência de um mundo marginalizado e corrupto.

Inspirados nos gêneros opereta e comédia musical, Brecht e Weill contaram a história de Mac e seu amor por Polly, a filha do inimigo Peachum. A ação começa no Soho, bairro pouco aristocrático da Inglaterra, na manhã em que o casal Peachum – “empresários” de um bando de pedintes que sonham em integrar a filha, Polly, na alta sociedade – descobrem que a filha está prestes a se casar com Mac, o mais reputado salteador de Londres. Para impedir a desgraça da família, Peachum tenta mover as suas influências junto ao intendente da polícia, Tiger Brown, que, por sua vez, é o padrinho de casamento. A trama desenrola-se em uma teia de corrupção, sensualidade e ciúme até que, por intermédio de Jenny, uma prostituta que se envolveu com Mac no passado, a justiça acaba por capturar o vilão e condená-lo à morte. O amor entre este e Polly parece igualmente condenado, até que em um desenlace inesperado, por intervenção da Rainha Vitória, Mac é salvo da forca.

O diretor cênico Alexandre Dal Farra conta que para conceber o espetáculo partiu de dois pontos: “Um deles é entender que o motor desta obra, algo que fica sugerido no original, é o ressentimento, e a delegação da vingança. Por outro lado, é trazer à tona um movimento até certo ponto submerso no original, ou seja, de que a obra trata de um território de iminente eclosão de uma catástrofe. Tal catástrofe pode brotar de qualquer ponto, e está prestes a vir à tona. Assim como qualquer grande artista, Brecht, nessa obra, opera como um sismógrafo, que pressente no solo os terremotos que estão por vir”, conta Dal Farra.

A Ópera dos Três Vinténs estreou em Berlim no dia 31 de agosto de 1928, duzentos anos depois da première da obra em que foi baseada: a Ópera do Mendigo (The Beggar’s Opera), de John Gay, de 1728. O sucesso foi estrondoso, tanto na Alemanha como no exterior. Em um ano, foi levada ao palco 4 mil vezes, em 50 teatros. As canções se descolaram da peça musical, ganhando vida própria e o mundo.

Die Dreigroschenoper (A Ópera dos Três Vinténs 1928)
Musical com música de Kurt Weill (1900-1950) e libreto de Bertolt Brecht (1898-1956)

Theatro São Pedro-SP

Quando: 01, 02, 03, 08 e 10 de setembro, às 20h / 04 e 11 de setembro, às 17h

Ingressos: Plateia: R$ 80 / R$ 40 (meia); 1º Balcão: R$ 50 / R$ 25 (meia); e 2º Balcão: R$ 30 /R$ 15 (meia) – ingressos à venda pelo site https://theatrosaopedro.byinti.com

Ensaio Aberto: 31 de agosto, às 19h (entrada gratuita, com disponibilização dos ingressos 2h antes, por meio da mesma plataforma supracitada)

Direção musical: Ira Levin
Direção cênica: Alexandre Dal Farra

Elenco:
Macheath (dito Mackie Messer): Rodrigo Esteves, barítono
Polly Peachum: Lina Mendes, soprano
Jenny: Luisa Francesconi, mezzosoprano
Jonathan Peachum: Homero Velho, barítono
Celia Peachum: Juliana Taino, mezzosoprano
Tiger Brown: Johnny França, barítono
Lucy: Manuela Freua, soprano
Street Singer (Cantor de Rua): Mauro Wrona, tenor

Orquestra do Theatro São Pedro

Fotos: Heloísa Bortz (na foto principal, Manuela Freua e Lina Mendes).

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